quinta-feira, maio 23, 2013

Do que mais sinto falta?

Dos nossos diálogos. Mesmo sendo tão óbvio, esse seu silêncio recheado de significados, eu preciso perguntar e quero mesmo saber: não há como sermos mais que amigos coloridos, não é? Ok. Mas tenha certeza, seu tolo, que odeio essas cores todas. Preferiria o preto no branco. O feijão com arroz. Você em minha vida real. Eu na sua. Sem distâncias. Vou confessar: eu sempre odiei os nossos encontros casuais, mesmo fingindo adorá-los e ainda que me considere uma moderninha e independente mulher. Eu sou uma mulherzinha, como outra qualquer. Ai, como é bom desabafar, mesmo que nunca me leia. Sempre quis te manter bem perto. A ponto de saber quando estou com cólica ou em paz. Te considero um amor de pessoa. Te acho inteligente, espirituoso. Te admiro no que faz; gosto de saber das suas histórias, que me leia as suas poesias. Sei que tem zilhões de defeitos, como todo mundo, mas te acho fascinante. Seus olhos brilham ao falar do seu trabalho. Os meus brilham ao te ver sorrir. Ao menos na astrologia somos opostos e complementares. E por isso tudo, eu não duvido que faça outra mulher feliz. Ou que já esteja fazendo. Mas há outra bem triste. Não pelo sumiço costumeiro. Pela impossibilidade de sermos mais do que já fomos. Pelo meu desespero alimentado pela minha desesperança, por não termos uma projeção de futuro juntos. Ai, pelas coisas lindas vividas e [agora] esquecidas no passado.

terça-feira, janeiro 01, 2013

eu não quero mais você

em meus pensamentos
em meu blog
no meu celular
nem aqui dentro
dói pensar
dói lembrar
dói desejar
dói imaginar
dói esperar
é uma dor estranha
parece que estou de luto
sinto saudade e uma angústia sem fim.
não quero mais saber de ti.

sexta-feira, novembro 16, 2012

Para você, que finge que não me lê

Oi meu bem. Passaram-se dias, meses, luas. Passou um ano. Muita coisa mudou. Muita coisa permaneceu. Muita coisa aumentou. Muita coisa nasceu. Meu sentimento de surpresa passou pelo medo, pela frustração, pela emoção, pelo medo de novo, e há pouco, por uma nova paixão. Já quase no estágio do amor, me vejo morrendo de medo de novo. De te perder. De nos perdermos. De você ter mais medo que eu e daí, danou-se! E ele, o Renato,  fala (e canta) por mim. E é para nós dois essa canção tão linda, tão forte, tão nossa.


                            Será              Legião Urbana

Tire suas mãos de mim
Eu não pertenço a você
Não é me dominando assim
Que você vai me entender
Eu posso estar sozinho
Mas eu sei muito bem aonde estou
Você pode até duvidar
Acho que isso não é amor
Será só imaginação?
Será que nada vai acontecer?
Será que é tudo isso em vão?
Será que vamos conseguir vencer?
Ô ô ô ô ô ô ô ô ô ...
Nos perderemos entre monstros
Da nossa própria criação?
Serão noites inteiras
Talvez por medo da escuridão
Ficaremos acordados
Imaginando alguma solução
Pra que esse nosso egoísmo
Não destrua nossos corações
Será só imaginação?
Será que nada vai acontecer?
Será que é tudo isso em vão?
Será que vamos conseguir vencer?
Ô ô ô ô ô ô ô ô ô ...
Brigar pra quê
Se é sem querer
Quem é que vai nos proteger?
Será que vamos ter
Que responder
Pelos erros a mais
Eu e você?

quarta-feira, setembro 26, 2012

Tudo acaba...



... mas o que te escrevo continua. 
O que é bom, muito bom. 
O melhor ainda não foi escrito.
O melhor está nas entrelinhas.



LISPECTOR, Clarice. Água viva. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.

sábado, setembro 22, 2012

Essa coisa toda minha

Todas as cartas são minhas. Todas as cartas escritas para meus amores perdidos ou achados, são para mim. De um jeito ou de outro, revelam o que sinto, o que fomos, como sinto, como fomos. Não sei se revelam a verdade dos fatos. Ou se destoam dos fatos. Se são a minha particular visão dos acontecidos, dos ditos, dos feitos, dos sonhos ou dos surtos. Mas hoje essa é especial. Quero escrever pra mim. Quero me ler depois. Como faço com as demais, essa vai ser lida e destinada para mim. Pra daqui a quinhentos anos, e os exageros à parte, eu voltar aqui, nesse canto adormecido da net, para lê-la novamente e me perceber nas perfeitas linhas do teclado. Ou para me encontrar nas infantis traçadas do meu coração.

sexta-feira, abril 27, 2012

E não seguiu por e-mail...

Talvez eu esteja escrevendo pra mim mesma. Talvez eu nem queira que você leia. Talvez eu queira estar redondamente enganada sobre o futuro. Talvez eu não queira entender o presente. Talvez eu não queira saber do seu passado. Ou do meu passado. Talvez, talvez, talvez.

domingo, abril 15, 2012

Triste, sem você do lado

Sabe a sensação de estar naquele show tão esperado, daquela banda que você curte muito, e que a cada música você se delicia, e ao mesmo tempo reza pra não acabar nunca? É assim que sinto, quando estou contigo. Tenho a sensação de que vai acabar logo, que preciso aproveitar e viver tudo ao seu lado, com a intensidade que o meu sentimento de prazer em estar com você me proporciona.